sábado, 14 de novembro de 2009

A arte de 'Quando os olhos se fecham'.


O teatro de arena Rosinha Mastrangelo é o único teatro de arena no mundo, que é quadrado. Ao entrar para assistir ‘Quando os olhos se fecham’ sempre me vem essa lembrança na cabeça. E por ser um teatro de arena quadrado exige-se muito mais esforço do diretor e do elenco. São poucos os que conseguem. A diretora Miriam Vieira, que já é escolada nesse palco, não teve dificuldade alguma em aproveitar todo o espaço do teatro (inclusive lá fora) para cenas, entradas e saídas dos personagens, de forma criativa, levando em conta as péssimas condições de total abandono do teatro, que contribui por si só com a atmosfera lúgubre da peça. Assim que a porta da entrada se abre, ouve-se aquele rangido sinistro, tão característico das portas que se abrem nos filmes de terror.
Ainda por ser um teatro de arena quadrado, o que se ve num lado não se ve no outro. Os olhos, a boca, a alma do personagem ali pertinho de você na platéia. Dependendo do lugar onde você se encontra, pode de repente tomar um susto com alguém saindo debaixo da platéia, ou ainda corre o risco de tomar uma “espirrada” de um personagem ou ainda ser “convocado” para varrer a funerária enquanto o funcionário preguiçoso dorme no seu lugar. E quem está de frente, assiste a tudo isso.
Por isso recomendo que se assista a peça varias vezes, e em todas sentar em um lugar diferente e assistir a cada vez uma peça diferente. São atores geniais que sob a melhor direção, dão tudo de si em cena para que o publico se divirta, vivendo seu melhor momento, encenando a mesma estória todas as noites de sábados e domingos e sempre a cada vez de forma diferente e magica, como só no teatro se faz. Quem ainda não foi não sabe o que está perdendo.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Escrever.


Aos lesados que se aventuram a escrever, um aviso: é difícil. É muito difícil escrever. Expressar o que se sente sem cair na mesmice dos pensamentos e sentimentos alheios alienados de quem não tem o que dizer e diz mesmo assim. A verdade contida nas frases de todos os blogs da internet, são validas somente se forem colocadas como ponto de partida de um começo de conversa. E pra começo de conversa, não se precisa gostar de escrever. Não é esse o conceito. E nem o medo de não gostarem do que você diz. É sim, precisar escrever. Se você é inquieto, sombrio e está sempre agitado, insatisfeito com o que há a seu redor você está pronto. Não é mera coincidência você estar assim, nesse estado, nesse momento no século vinte e um, é antes, uma fatalidade. Pois, ao se aventurar a escrever. Você terá que arrancar de si tudo aquilo que tem medo de revelar, tudo aquilo que não gosta. O sombrio é a verdadeira face do autor. Mesmo nas comedias infames, nos romances idiotas, nos poemas, nas crônicas, nos diários, nos depoimentos na delegacia, em qualquer lugar onde haja alguém tomando nota, observando, escrevendo, contando, revelando a alma de alguém ou algo, o fato é que, é sempre dolorido e mortal escrever. É um combate sem fim entre a vontade própria e a insanidade de se dizer algo sem mesmo saber por que se quer dizer. Escrever é solitário e dolorido e não tem nada de bom ou nobre nesta vida, nesta arte. É um fardo com o qual muita gente não conta e ainda assim se supera revelando coisas da alma que surgem como que para revelar ao mundo que as palavras são capazes de tudo. Até mesmo de calarem.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Quando Os Olhos Se Fecham

essa é a chamada do espetáculo da cia. confraria teatral, da qual tambem faço parte, agora como dramaturgo. esse espetáculo fez muito sucesso na decada de oitenta, com meus amigos Luiz Fernando e André leahun. A algum tempo os dois estavam pensando em remontar o espetaculo, só que o texto original havia se perdido, só existe uma cena. Então fui escalado para "adaptar" o texto, agora repaginado, com estorias e situações novas, e tb novos personagens e direção da espetacular Miriam Vieira. Será minha estreia como dramaturgo. estou me divertindo pacas.
a estreia do espetaculo está prevista para dia 31 de outubro.
conto com todos aqueles que torcem por mim.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Leona A Assassina Vingativa 3 - A Aliança Do Mal.

Gente eu amei essa novelinha. Foi dica do meu amigo Luiz Fernando Superbacana. Divirtam-se.

terça-feira, 7 de julho de 2009

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porque todo esse circo para um funeral? para quê querem ganhar dinheiro em cima do defunto? poderiam, para completar a palhaçada, vender um souvenir, tipo a peruca, um dedo, o nariz falso, as mãos, dente, lingua, costela, nádega, pulmão, penis sei lá, dava um dinheirinho a mais e o cliente teria um legitimo objeto de pop art em sua sala, não entendo esses canibais, não vão fundo em sua ganância. amadores, né não gentes?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Bye Michael.


Você brilhou como ninguém jamais fez, nos deu musica, alegria, diversão, estórias loucas, tudo o que um pop star deve ter de bom no currículo. Me ensinou que mesmo uma carapinha bem alisada, ficava um luxo com gel.
Foi muito injustiçado e atormentado, mas tenho certeza que mesmo essas coisas ruins daqui agora vão valer a pena pra você aí nesse lugar tão bonito onde você se encontra agora, rindo de todo esse circo que começa hoje, a macacada toda brigando, a ganância dos outros como sempre querendo tirar um pedaço seu. Qual parte do corpo você acha que eles vão comer primeiro?

quinta-feira, 18 de junho de 2009

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Grace Jones - William's Blood no programa parisiense Le Grand Journal........dispensa comentarios.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

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Caminhos estranhos esses dias. Umas coisas malucas que acontecem de repente, umas vontades doidas que deixam o coração da gente aos pulos. São os ventos da mudança atiçando o meu intimo sacudindo toda a energia acumulada e rejeitada nos últimos tempos. A vida se transmutando aos poucos, os sentimentos as emoções tudo girando misturando na roda. As lembranças as sensações tudo se perdendo, tudo o que não é do coração. Purificação e descarga. Estou sempre querendo mais armadilhas.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

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Sou Cristina.
A do filme do Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona, a que não tem medo de arriscar tudo pra viver uma paixão, sem medo de deixar rolar o tesão que devora e apaga qualquer juízo da nossa cabeça. Paga pra ver qual é, descobrir o que quer de verdade para si. O que no fundo busca meu coração? Você já se fez essa pergunta? Ela sofre com todo o coração quando se desencanta e continua firme, pois sabe com toda a certeza das lições que só a dor nos dá, o que não quer. Eu me identifico muito com ela. Na aparente postura ingênua de confiar em todo mundo e ao mesmo tempo esperar que sejam boas pessoas. Esse risco que se corre é muito perigoso, essa escolha.
Mas é assim mesmo com quem não tem medo de arriscar o coração, a sanidade e às vezes até a alma. Não só numa paixão, mas numa amizade, num casamento, numa relação qualquer onde você não enxerga os defeitos de ninguém, apenas ama, e os caminhos que essas estórias às vezes tomam são os mais loucos e surpreendentes possíveis. É tudo ou nada. Comigo é assim, sempre gostei de me atirar em precipícios.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

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Pois é meus queridos dois leitores, eis me aqui de volta depois de uma longa temporada viajando por dentro de mim mesmo. Dando um tempo, dando um jeito, desprezando certos padrões de comportamento que agradam aos outros, vivendo por conseguir aprender e a mudar o que se precisa. Eu e meus amantes psicóticos. Patologicamente perturbados, emocionalmente instáveis e autodestrutivos, ainda assim com um tesão louco agressivo, uma paixão insana, uma ânima claríssima como o gelo e sem medo algum de se jogar comigo nesse abismo que escolhi me atirar. Diz-se que os loucos, os desequilibrados são os melhores amantes na cama. Somos todos salvavidas uns dos outros, podemos escolher entre satisfazer os desejos e acalmar a alma ou ficar parado querendo algo que não existe para nós. Não adiantam, análises, processos, amantes ingênuos, buscas tolas, centros espíritas, macumbeiros, terapias alternativas, yoga, academia, mudar de academia, mudar o cabelo, viajar, perder a barriga, mudar o cardápio, correr na praia, fugir, pegação, ciganas, astrólogos, bruxaria, vudu, forças do mal o que seja, não adianta nada, quando não se consegue fugir de si mesmo. Sempre tenho esse sonho: estou caindo. Uma queda rápida, assustadora e vertiginosa, a única sensação que tenho é esse medo do impacto no chão a qualquer instante, sem saída. Devorado por esse medo eu penso, foda-se, e então no exato instante acordo assustado num tranco, parecendo que caio na cama. A sensação é bem real. E é a mesma que sinto agora. Só não sei se vai ser bom quando eu acordar. Mas quer saber? Foda-se.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Salve Jorge!




Essa canção, que se nota na letra a oração forte à São Jorge, foi composta por Jorge Ben no inicio da década de 70 e ficou muito conhecida. Essa versão do Caetano Veloso, não é aquela chata do cd 'Prenda Minha'. É a versão gravada em estúdio, lançada no maravilhoso disco 'Qualquer Coisa" em 1975. Essa versão é a minha predileta, com os excelentes musicos Perinho Albuquerque no piano, Fernando Leporace no baixo, Enéas costa na Bateria, Hermes Cortesini na percurssão, as meninas do Quarteto em Cy nos vocais, Frederiko e o proprio Caetano nos violões.

Jorge Sentou praça na cavalaria
Eu estou feliz porque
Também sou de sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus unimigos tenham pés e não me alcancem
Para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem
Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
E nem mesmo mesmo um pensamento eles possam ter para
me fazerem mal

Armas de fogo
Meu corpo não alcançarão
Facas e espadas se quebrem
Sem o meu corpo tocar
Cordas e correntes arrebemtem
Sem o meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido
Com as Roupas e as armas de Jorge
Jorge é de capadócia
Salve Jorge, Salve Jorge...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Caetano Veloso - Cavaleiro de Jorge


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Music Playlist at MixPod.com



Essa semana dia 23 comemora-se dia de São Jorge o Padroeiro do Brasil, nada mais justo que postar algumas das muitas canções compostas em homenagem ao Santo, que por si só já é charmoso, com tanto poder e seguidores. Salve Jorge que vem chegando!

sábado, 18 de abril de 2009

De pé.



Alô para todos os meus dois leitores, estou aqui para dizer que estou vivo muito vivo pra cachorro, só eu com meus botões de carne e osso computador atrasado nas esferas do tempo. Como todos vocês sou eu quem sabe o quanto estou vivo e sinto que o espírito aprende e assimila tudo emocionalmente. Mas tudo passa primeiro pela mente. Aqui no hospício dos terráqueos a coisa anda muito feia. A ignorância e a corrupção já são culturais, como dizem por aí, e temos muitas televisões e nada de cultura. Os ventos do atraso levaram tudo. Os homens ruins estão comandando a massa que distorce seus sentimentos, em prol das necessidades egoístas. Cada um por si. Deus por nós. Salvem-se quem puder. Essa semana dia 23 comemora-se dia de Ogun na Umbanda, que é São Jorge dos católicos, que já se aproxima com seu grande exército exigido justiça e defendendo quem merece. Salve Ogun.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Maria Bethania - Todas as horas


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Music Playlist at MixPod.com


Essa música da Bethania é uma das mais bonitas canções que gosto dela. É uma canção pouco conhecida do Djavan, mas que me toca a fundo desde já a muito tempo, desde que a ouvi pela primeira vez. De tempos em tempos ela some e depois retorna assim, dessa ou de qualquer forma, quando é verdade que se ama.

segunda-feira, 6 de abril de 2009


E ai Zezé!
Quanto tempo, né? Estamos todos por ai a tempos, sem ter que nos preocupar com as coisas que não duram. Temos sim é que fazer durar tudo o que nos move pra cima. Eu estava sumido porque estou ainda, fechado pra balanço, mas como só agora o saldo de tudo está vindo à tona, posso respirar o ar da rua e das coisas vivas que vão e que ficam sem ter que morrer toda vez que achar que algo mais vai mudar. Meu medo é meu perigo e minha voz é minha vida. Minhas palavras são minha arma e meu amor é que me dá forças para mudar, decidir, cortar, matar e usurfruir. Parecem palavras de algum doido, e talvez sejam. Minha alma caiada não tem mais sossego nem em seu pouso terrestre. Como saber se estou indo bem afinal? Indo para onde? Como querer que as coisas se superem e resolvam se não depende de mim? Sabe de uma coisa, rasgue essa carta porque essas palavras não podem ser comfirmadas, pois tenho problemas em admiti-las e dizer que são minhas. Nós estamos por aí sem medo, sem medo estamos por aí.

sexta-feira, 6 de março de 2009


Querida Zezé,
Eu nunca gostei de escola. Mas não porque não gostava de estudar, muito pelo contrario sempre fui bom aluno, apesar dos trancos e barrancos que eu agüentava no ambiente escola por conta da minha homossexualidade. As crianças sabem ser más quando querem e os adolescentes então, sem comentários. Da escola mesmo não guardo nenhuma experiência boa ou lembrança. Nem mesmo amigos tive.
E eu não gostava por que simplesmente tinha que estudar e aprender sobre coisas que não me interessavam e hoje sei que eu estou certo, porque a educação que tenho, eu não aprendi na escola. Fui atrás, corri atrás dos livros, dos assuntos que me interessavam, das coisas que me fascinavam e prendiam meu interesse. Que basicamente eram todas paras as artes. Seja musica, literatura, quadrinhos, teatro, coisas que estimulavam a minha imaginação alienada e que por incrível que pareça, hoje afirmo com certeza, salvaram a minha vida.
Sou a favor que se estude só aquilo que lhe interessa, porque cada alma, cada individualidade, possui sua própria identidade, gosto, peso, forma, paixões e caminhos. Enquanto os responsáveis pela educação no mundo não entenderem que a aptidão é uma coisa que a alma já traz de outra vida, não haverá soluções possíveis para a paz do ser humano enquanto viver por aqui, né não Zezé? Você que vive aí hoje, no andar de cima e que pode nos enxergar e entender melhor, sabe que meu raciocínio, se não está claro, está pelo menos no caminho certo.
Agora porque estou falando tudo isso aqui? porque li uma declaração do musico Marcelo Camelo sobre esse assunto que me trouxe à tona esse pensamento, eis a opinião dele, a qual concordo em tudo:

“A escola é um momento muito solitário de qualquer ser humano, não é, cara? Porque você é obrigado a conviver com um grupo de pessoas de interesses muito distintos dos seus. Todas da mesma idade, aprendendo coisas nas quais não estão interessadas. Eu vejo agora os males que a escola me fez, entendeu? Porque é um rescaldo tão grande que você demora muito tempo mesmo para desaprender. A escola acostuma a pessoa a não ter autonomia, ou seja, ela não sabe o que é um problema para ela, entendeu? Ela herda um problema de uma pessoa que não é ela e se acostuma a resolver o problema de acordo com o que a pessoa quer.”

É ou não é Zezé? Um beijo e me liga.

terça-feira, 3 de março de 2009


Zezé minha nega,
Sabe aqueles momentos em que tudo parece ser um teste de paciência pra sua alma, porque as contrariedades ganham de goleada das circunstâncias que facilitariam seus propósitos? Pois, é. É assim que andam as coisas por aqui com esse pobre e humilde terráqueo cheio de bloqueios e incertezas. Mas é isso aí, tudo é o que é, mais vale assumir uma atitude realista, né não menina?
Las cartas andam me dizendo muitas coisas, coisas inacreditáveis, sobre as tais circunstâncias e tal. E que tudo está tão fácil e tão a minha espera, e as proteções, os caminhos, as alegrias, e eu não entendendo nada. As previsões não correspondem aos fatos, mas pero que las hay las hay. Las cartas no mienten jamás.
Ando bloqueado, não digitei mais uma porra duma linha daquele bendito romance que não sai, mas isso tem outra fonte e outro fundamento. Melhor deixar quieto, porque essa cura não depende de mim.
Cê sabe que eu liguei pra Kibom, com aquele sério propósito de descolar uma geladeira daquelas pra dormir? Então, quando falei com o moço que não queria sorvetes e que aqui nem era um estabelecimento comercial e sim uma residência e que a minha intenção mesmo adquirir uma dessas pra poder dormir em paz, fresquinho e sem calor, ele desligou na minha cara sem antes me passar um bom sermão do tipo vaiprocuraroquefazer. Será que eu sou tão abobado assim? Era uma solução que eu buscava para minha refrigeração interior, só isso, pelo menos eu tentei, por que agora sou assim. Eu vou e tento.
Já que não vai rolar por falta de visão dos departamentos de venda e marketing das fabricas de sorvetes, decidi que o quente é que é o quente da estação. Então vamos lá. Correr de manhã, se afobar com os homens lindos correndo também, correr atrás de todos, depois malhar, suar bicas, barris, litros, pra desintoxicar o corpo das impurezas materiais e das coisas que não duram, das torpezas, do pesadelo que é ser independente moral e mentalmente, do refrigerante que devorei inteiro com casco e tudo no carnaval, da caixa de bombom também, do baixo astral, da insegurança, do medo das coisas não darem certo, das toxinas que grudam na tua pele, na alma, no peito, tudo saindo pelos poros limpando tudo deixando a casa limpa e pronta pra deixar esse ciclo de recomeço bem mais leve e disposto pra outras viradas que virão na próxima maré, comer pouco e alimentos bem saudáveis e muita muita muita muita muita muita muita muita muita mas muita água porque muita água é melhor que muito botox. Haha.
Zezé você é muito, saca?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009


Meus companheiros nesse carnaval que passou, foram os livros. E muito em especial esse que comprei numa andança pelas alamedas arborizadas e quietas das redondezas do meu bairro.
Chama-se Saga Lusa - O relato de uma viagem, da Adriana Calcanhotto no qual ela conta em primeira pessoa o surto psicótico devido a uma overdose de medicações para gripe, sofrido durante a turnê em Portugal do seu disco, Maré. O livro é uma publicação da editora Cobogó, recém-criada pela cineasta e fotógrafa Isabel Diegues e pelo arquiteto Ricardo Sardenberg. A capa foi feita por ela mesmo durante a crise que culminou nesse livro que adorei. Dá pra sentir o pesadelo, as sensações malucas e horríveis que só quem já vivenciou esse momento sabe o que é.

"Voltei do segundo show pálida, trêmula, mas mantendo a pose no meu deslumbrante robe azul. Subi no elevador com uns africanos que se entreolhavam, tentando localizar de que tribo são as senhoras que andam de robe de veludo e havaianas, com uma braçada de flores na mão e olheiras que as fazem parecer um urso panda disfarçado de cantora – vestida e com a maquiagem borrada pela ex-mulher do Gerald Thomas. Eu tremia de frio, mas sorri, claro, pros africanos. Tomei um banho quentíssimo, durante longos minutos porque, pra mim, esta é a melhor hora dos shows e porque precisava me aquecer e não conseguia. Um urso panda certamente não se enganaria, mas eu, até então, não tinha me dado conta de que estava ardendo em febre e que um banho pelando não ajudaria muito, sabe que o QI das cantoras..."

“Acordo de (mais) um pesadelo, em prantos, banhada de suor, sentindo um cheiro insuportável dentro do nariz, não de fora, nas narinas secas, arrepios pelo corpo. Vou pro espelho esperando ver um urso panda em trajes psicodélicos, e minhas pupilas são agora dois pires de tão dilatadas. Caralho, e agora?”.

Adorei, e detalhe: a capa do livro, foi feita pela própria Adriana com as embalagens dos remedinhos em si, olha que doida! E tem em várias cores de fundo. O meu é esse aí, em azul.
29,90 na livraria Realejo, se joga menina!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009


Menina, não é que a bisteca da Nigella vingou? Foi o maior sucesso, com uma saladinha daquelas que eu curto.
Com esse calor a onda agora é cada um correr atrás do seu refrigeramento interior, vou te contar Zezé, do jeito que a gente está indo vou ter que dormir numa geladeira da Kibon. Vou ligar pra mandar entregar uma. Só a geladeira, vazia sem nada. Só ligar na tomada, entrar e dormir. Haha.
Andei caindo numas armadilhas aí, dessas que a gente já sabe como dói, mas vai lá e faz. Aquele papo de que quando a gente é pequeno e põe o dedo na tomada até levar um choque, saca? E depois que leva quer levar de novo. Mas aí o erro já é consciente, meio tara, meio vicio, sei lá. Vai entender a cabeça da pessoa!
Meu trabalho vai bem, obrigado. O coração também vai bem, obrigado, aos trancos e barrancos, lições diárias e os sinais pipocando à minha volta. Hoje um maloqueiro, com bafo de cachaça, bem sujo mesmo, fedido, mijado, desses que moram na praia, olhou pra mim e disse sem mais nem menos ao me ver passar:
É isso aí, tá pensando o quê mermão? Que virar santo é moleza mermão, né nãão, é trabalho brabo, tem que se f**** bastante! Vai na fé, vai na fé, e fez shhh shhh e uns gestos com as mãos me enxotando ou mandando sorte pra mim, sei lá. Mistérios.

domingo, 22 de fevereiro de 2009


Pois, é Zezé.
Ando impaciente com umas coisas, uns sentimentos que não tem jeito e que me tiram do sério. As necessidades da alma são muito difíceis de ignorar. Você tem receita pra isso?
As manhãs, ou melhor, as quase madrugadas, são a melhor hora durante esses dias para se ir à praia, fazer uma corridinha ou então uma yoga básica. Ao amanhecer a choldra ainda não invadiu a praia com suas risadas destranbelhadas, a falta de educação, sua sujeira, sua feiura e toda a sua aura de álcool que espanta até orixá. Então, ao amanhecer dá pra se ter alguns minutos entre você, você mesmo e o mar, com o sol parecendo um ovo estrelado numa tela de cinema. E se estiver na vibe certinha, tudo na boa, cabeça boa positiva, o amor quieto sorridente, ainda encontra aquele cara que você ama tanto, para pra conversar com ele, na maior coincidência, dá um beijo, umas risadas, mata um pouquinho a saudade, troca umas idéias e energias boas das manhãs de quem não está nem aí pra vida que corre solta carnaval a fora. Eu quero a folia no meu coração. Mas não. Tenho que ficar aqui quietinho, agüentando firme pra quê, ainda não sei.
Vou testar aquela receita de bisteca da Nigella, vamos ver no que vai dar.
Poxa Zezé, quase não tem fotos suas por aqui, queria umas diferentes. Vê se me descola algumas.
Paz em nossos corações e um beijo bem estrelado em você.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009


Zezé minha delirante amiga.
Sabe essas orações de nomes de rave tipo karuma, kahuma, sei lá o que tanta bobajada psicoesotérica que aparece para entreter corações desprevenidos na loucura das próprias faltas, que dizem ser orações de perdão, de calma, de compaixão e outras qualidades da alma? Pois, é. Não acredito nessas coisas. Essas orações são simplesmente palavras criadas para cognificar(será que escrevi certo?), padrões pré estabelecidos de neuroliguísticas meio sacanas para aqueles vaidosos que gostam de orar em pé na igreja para todo mundo ver como sua fé é grande e potente e como sua voz é elevada à Deus. Eu sempre odiei essas coisas, essas preces prontas que se tem de rezar vinte um dias, vinte uma luas, vinte e um furúnculos sei lá mais o quê. Exceto aquelas que vem dos espíritos, por que esses sim são legítimos e guardam e nos trazem a Grande verdade. Você que o diga né, menina? Porque quando morou por aqui no nosso planetinha era espírita e que eu saiba muito bem dedicada às causas nobres.
A verdadeira prece é aquela que vem do coração, dos sentimentos verdadeiros, e dos desejos puros e sinceros. Quando estamos sozinhos, na escuridão do quarto, na solidão de um lugar calmo em si mesmo, e nem precisa de palavras por que Deus sempre sabe o que há em nosso coração a todo instante, e tenho certeza que acharia esse nome cafona, mas isso é um preconceito meu contra os ravers, haha!
O perdão na minha vida aconteceu recentemente de mim mesmo, muito antes de me pedirem, eu comigo mesmo já estava em paz sem buscas ou intenções de. É assim que funciona queridinha, com a natureza sincera de si mesmo. Sem palavras, sem intenções, com o trabalho da natureza divina em nós operando em silencio dia a dia, lagrima por lagrima, olhando primeiro sua própria caca. Apenas nosso íntimo aberto aos entendimentos.
Pois como já disse a Madonna, love is understanding, amor é entendimento. E isso sintetiza tudo.
Deixe essas orações idiotas criadas por terráqueos movidos a balinhas e psicotrances psicodélicos, com palavras enfadonhas sem sentimentos e intenções verdadeiras, lá com a gritaria dos evangélicos que é onde isso cai bem, apesar do nome esquisito acho que não cairia bem, pois desconfio que os evangélicos além de muito doidos são caretas, uma verdadeira antítese. Comigo o buraco é mais em cima, lá no espaço sideral repleto de luz, amigos sinceros e orações em silêncio sem palavras, apenas os sentimentos expressando nossa calma, alegria, serenidade e a fé legitima que é uma dureza e um trabalhão alcançar.
Sabe aquele sonho que só depois que eu entendi? É por que não tinha reconhecido você naquele vestidão azul. Que chique hein? Aí no espaço tem roupa de grife, Zezé?
Um beijo fia e vê se não some.
Pede pro seu Sete Ondas mandar um castiguinho praquele menino que enganou a Lucy?
Que tal um tombinho mas sem machucar muito? Haha. Aquele cabeça de ovo bem que merece.
E viva a expressão sincera dos sentimentos legítimos.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009


Hoje está tudo bem.
O hospício está calmo e areado como aquela mousse de mamão que você me ensinou a fazer.
Novas idéias começaram a pipocar em meu cérebro que acha que é eletrônico e independente com mania de grandeza, aliás como todo desequilibrado temperamental.
Estou botando pra quebrar, mas não muito porque o teclado aqui é sensível e pode achar também que eu o estou agredindo. Espero realmente que essa bagunça toda resulte em algo bom. O escritor me disse que é tudo assim mesmo e que a gente tem que usar as pessoas para despertar o lado mais eufórico e ruim dos conflitos. Para se fazer um bom trabalho deve-se sacrificar até a vida se for preciso. Tudo por um bom texto, eis a lei dos escribas desde a mais remota antiguidade. Um escritor tem que ser capaz de tudo.
Certas opiniões não tem efeito sobre mim, porque sei quem sou e o meu real valor e por acaso descobri meu caminho através de uma dor que ganhei de presente. E também prezo muito e amo as pessoas que tenho na minha vida. Mesmo que me odeiem, duvidem de mim, se sintam afetadas pelas minhas canalhices brabas e despóticas e desapareçam fugindo como o foge o diabo da cruz, ou caiam na ignorância de achar que sou interesseiro porque sei que isso não é verdade. Minha própria historia de vida contesta isso. A ignorância de quem não me conhece me assusta um pouco, porque põe na berlinda meus verdadeiros sentimentos e atitudes sobre amizade verdadeira que às vezes muda por causa da própria vida, ou porque você descobre um dia que nunca se abriu de verdade pra seu amigo, sua amiga, ocultou coisas de si por vergonha ou por não saber ainda o que se passava consigo mesmo e quando chega a hora do aperto, o coitado ou a coitada não pode te ajudar e ainda por cima é obrigado a tolerar sua descarga de frustrações que na verdade não passam de birra de uma criança mimada que não tem o que quer. E o que é pior, concebe uma definição errática e evasiva de você, por sua culpa mesmo. Bem queridinha, agora tenho uma culpa de estimação. Mas eu não estou nem aí, porque sei que tudo o que sinto é legítimo e atualmente está tudo muito bem reciclado. Sabe aquela receita da mousse de mamão? Que tal inventar um nome pra ela hein? Eu achei assim, muito moderna e saudável. E na hora da larica serve direitinho, sem culpa, olha que engraçado a culpa aí outra vez e agora sem.
Um beijo, Zezé. Hoje está passando aquele filme da Etelvina com você que tanto gosto.
Diversão garantida ou sua taba de volta.
Dá um beijo na Lucy que ela não anda boa.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009


Queridíssima Zezé,
Dentro da minha cabeça está o maior babado. Depois da tempestade furiosa vem a bonança com aquele remorsinho que se deixar ele quietinho ali no canto dele, poderá vir a ser algo bom, pra me brecar contra certas atitudes do emocional psicótico que até está evoluindo para um doooce de pessoa, mas eu ainda desconfio muito dele. Meus demônios estão todos a caminho da calma e com alguns até já mantenho um diálogo, uma troca de idéias, algumas risadas até. Sem falar nos desejos e sensações que começo a entender e também a viabilizar com outra conotação emocional. Mas eu ainda desconfio de toda essa paz e calmaria nascentes, porque sabe menina, com essas coisas não se brinca. Quando se trata do si mesmo, a coisa deve ser encarada com seriedade e a máxima franqueza consigo sem medo, tudo certo muito certo de verdade verdadeira.
Sabe que eu só tenho falado com você? Meus amigos, alguns viajaram, e outros me odeiam e acho que se foram pra sempre, mas tudo bem porque até mesmo o ‘pra sempre’ muda. A vida é mesmo assim, né não menina?
Vamos manter nossas linhas de comunicação abertas, porque como já dizia o Chacrinha, quem não se comunica se trumbica.
Um beijo Zezé, e vê se não some.

sábado, 14 de fevereiro de 2009


Querida Zezé, chegou um momento meio especial pra mim. Estou tendo que encarar meus verdadeiros medos, e as dores que foram mexidas por inocentes que quiseram me dizer coisas numa determinada época, e acabaram despertando uma dor minha, uma lá de dentro mesmo, daquelas que a gente não sabe que existe até que elas se agitam e voltam soltando o nosso lado Jason Voorhees de máscara e machado em punho querendo beber o sangue de todos. Bem, é um baita enigma, Zezé. E é tudo pra ser feito com a maior honestidade e sem a mínima covardia, na real verdade verdadeira tudo certo muito certo, entende?
Sabe que eu queria? Uma foto da senhora com aquele figurino da Dona Carochinha, no Sitio do Picapau Amarelo. Que corpitcho o seu, hein menina?
Um beijo, Zezé, fique com Deus.
Me mande vibrações e sementes brancas, também?

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Piada do dia.


O Movimento da Paixão por Cristo colocou à venda uma série de camisetas para cristãos arrependidos. Tem arrependimento para todos os gostos! Ex-ateu, ex-escravo, ex-hipócrita, ex-fornicador, ex-masturbador (!), ex-prostituta e, não podia faltar, ex-homossexual.
A campanha é estrelada por jovens que assumem seus arrependimentos e tornam pública a sua história a fim de serem tomados como exemplo. Larell (foto) veste a camisa da ex-homossexualidade e, segundo o movimento, foi guiada por Deus para falar “aos que ainda têm laços com esse estilo de vida”.
É meus queridos, certas igrejas tão cobertas de lama ainda insistem em decaírem muito mais, criando um buraco enorme que devora inocentes como essa menina, tão burra, tadinha!
Quando vão criar uma camiseta com os dizeres: Ex-preconceituoso??

Hoje estou muito bem, obrigado. Alguns amigos (os que sobraram!) andam assustados comigo. Mas sabem que essa é só uma fase passageira, breve, muito breve mesmo. E que tudo o que digo e penso pode mudar em um minuto, ou em um ano, tanto faz. Minha cabeça louca de canceriano/sagitariano faz tudo ficar muito intenso e louco, jogando meus sentimentos de um lado pro outro como uma tempestade em alto mar, mesmo quando uma imensa modéstia se apodera de minha preciosa pessoa, para agradecer o apoio e o incentivo que vem deles, em forma de carinho, amor e muitas broncas coloridas de uma franqueza intensa e gentil, é assim que funciona uma das faces do verdadeiro amor. Marisa e Luiz, eu amo vocês. Minha ligação com vocês é forte. É de vocês que anda vindo a inspiração e a paz que preciso para completar meu trabalho que anda mais louco e perdido do que eu. Sei que tem muitas pessoas que torcem por mim, pois meu coração as ouve e sente. Ouve a música e sente o amor vibrar em uníssono com minha vontade de viver tudo o que desejo de todos vocês. Vocês sabem que eu vou chegar lá. Meu amor e gratidão são eternos.

Eu quero esses brinquedinhos do macdonalds, agooooraaaaa!!!!!!!!!!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009



Estou morto de medo das mudanças que andam acontecendo não só em mim, mas na minha vida como um todo. Estou muito assustado, pelos meus próprios sentimentos, que, além de confusos, todos têm um grande e verdadeiro fundamento. Raciocino, penso, discrimino com a mais absoluta honestidade comigo mesmo, e deixo as emoções fluírem sem medo de errar. Minha impaciência é demoníaca, e causou uma ruptura sem volta no meu mundo que era tão colorido de ilusões. Por mais que sejam surpreendentes as perdas que enfrento, sei que no final vou poder sobrevoar os escombros sem ter que lamentar nada. Porque meu juízo aparentemente fora do seu estado normal, como aliás sempre esteve a vida toda, me dá a razão que preciso para insistir nas buscas que meu coração anseia, às custas de coisas que não me servem mais. De tanto medo de perder alguém que meu coração anseia tanto, acabei perdendo outro alguém tão valoroso pra mim. E isso me assusta, me devora, me faz sentir culpado, quando na verdade eu tinha que estar tranqüilo, porque em parte foi justo. Pois, como já disse, minha impaciência é demoníaca e a tolerância é zero. E a maior descoberta disso tudo meus amores, é que uma mulher jamais saberá como confrontar e aconselhar um homem apaixonado por outro, sem cair na mesmice e nas praticidades dos lugares comuns das idéias pequenas e mesquinhas de um relacionamento heterossexual. Cheguei à conclusão que na alma feminina não existe aptidão e nem entendimento para o amor homossexual masculino, que nasce da empatia de almas que se encontram para viver uma experiência que sempre estará além de todo entendimento feminino. Está na hora das mulheres, amigas dos viados, passarem a respeita-los como seres que amam de verdade. Numa amizade se dá apoio, onde não caibam criticas infundadas, opiniões errôneas sobre caráter, comportamento e maturidade e muito menos boatos infundados. Porque o homem é tão inseguro quanto a trouxa que trata seu amigo gay como uma "bicha de estimação" e não soube prender o amigo, porque não calou seus “pensamentos racionais” que não importam nem um pouco pra quem ama, sofre e quer apoio. E tenho dito.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

domingo, 8 de fevereiro de 2009


Querida Zezé,
Que manhã muito louca! A madrugada estava assim meio azul marinho quando acordei, mas logo foi ficando dourada e azul. E durante esse tempo da chegada da luz, consegui fazer uma descoberta incrível. Já sei que meu dia hoje vai bom e em paz. Só preciso que essa idéia amadureça e me traga as respostas que preciso, pra saber que estou no caminho certo. Mas já deu pra sentir que sim. E só aguardar o momento certo.
Deu pra sentir também que lutando pelas minhas convicções, sejam elas quais forem, sei que são todas para o bem, seja o meu, seja de quem eu amo, sei que vou estar no caminho certo sem ter que agradar ou seguir conselho de ninguem.

Um beijo, Zezé.

sábado, 7 de fevereiro de 2009


Hoje estou bem. O sol logo me acordou de manhã, pois dormi com a janela aberta. Acordei com uma sensação de leveza, de noite bem dormida graças a Deus. Pensei e repensei tanta coisa e ainda não decidi nada. Acho melhor deixar as coisas acontecerem por si só. Ando triste com algumas coisas sabe? Enquanto eu aprendo um monte de coisas novas, muitas pessoas por aí andam desaprendendo algumas, como por exemplo, amor e a verdadeira amizade. Um amigo é aquele que está sempre do teu lado não importa se você está certo ou errado e não julga suas escolhas. Apenas te apóia, dá confiança e ajuda no que for. Eu sou assim, me entrego mesmo e está acabado, faço tudo por quem amo. Comigo é tudo ou nada. Tem gente que acha que sabe tudo, só porque teve sorte na vida. Estou perdendo as ilusões e caindo na real. Mas estou feliz, porque muita coisa boa já aconteceu. Estou virando homem finalmente, em todos os sentidos, graças a uma pessoa muito especial. Com amadurecimento, discernimento e consciência de que sou alguém que vale a pena, eu não preciso que me digam que fiquei triste que eu era assim ou assado, ou que só penso em amor, e não dou prioridade às coisas materiais e que é melhor eu me acostumar a ficar sozinho por que não vou conseguir. Querem saber? Fodam-se vocês que pensam assim. Não ligo e não estou nem aí pra vocês. Eu quero é alcançar meu destino dentro daquilo que eu escolhi e só preciso pensar numa maneira justa de lutar por isso. Preciso de minhas emoções em paz e satisfeitas, pra poder continuar com meu trabalho que é muito importante pra mim, e desde que começou essa onda toda de questionamentos e decisões minha vida meio que parou. O amor pra mim é tudo e se eu não o alcanço minha vida para, é assim que eu sou. E quem não é capaz de entender isso é porque não alcançou meu coração, e não sabe nada de mim. E tenho dito.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009


Querida Zezé,
Vou parar de publicar coisas sobre mim aqui tão abertamente, você me entende, né? Eu ando numa fase em que a minha confiança em determinadas pessoas está pra baixo. Nem te conto. Quando tiver a fim de dizer algo eu volto. Ando com uma sensação estranha de que estão lendo isso aqui com outras intenções.
Um beijo Zezé. Sabe que nunca mais houve uma atriz como você?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Nosso amigo fala.


O amor resume tudo o que quero dizer para vocês, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu ponto de partida, ou seja, no momento da sua criação, o homem só tem instintos, como os animais; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o amor é o requinte do sentimento. Não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior, que reúne e condensa em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei do amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e extingue as misérias sociais. Feliz aquele que, sobrelevando-se à humanidade, ama com imenso amor os seus irmãos em sofrimento! Feliz aquele que ama, porque não conhece as angustias da alma, nem as do corpo! Seus pés são leves, e ele vive como que transportado fora de si mesmo.
Diz-se que o homem, no seu inicio, tem apenas instintos. Aquele, pois, que os instintos dominam, está mais próximo ainda, ao ponto de partida que do alvo. Para se chegar ao alvo, ou seja, a MIM, é necessário vencer ele os instintos a favor dos sentimentos, ou seja, aperfeiçoa-los, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões dos sentimentos. Trazem consigo todo o progresso, como a diamante oculto pelo carvão. Os seres menos adiantados são os que, libertando-se lentamente de sua crisálida, ainda permanecem subjugados pelos instintos.
O espírito deve ser cultivado como um campo. Toda a riqueza futura depende do trabalho atual aqui na terra. E muito mais do que meros bens terrenos, ele vos conduzirá à gloriosa elevação que tanto eu aguardo de vocês. Será então que, compreendendo a lei do amor, que une a todos os seres em todos os mundos, porque a Lei do meu Pai é uma só em todo o Universo, nela finalmente vocês buscarão os suaves prazeres da alma, que são apenas o começo daquilo que tenho guardado a tanto tempo para vocês.
Fiquem na Santa Paz.

Jesus Cristo.
03.02.2009

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009


Hoje é um dia sim. Houve muitos dias não até ontem, que engraçado. A gente não acredita em certas coisas até que elas passam a existir. Antes eu estava assim, dia sim é quando estava bom e dia não é quando tudo desabava, ou seja, não estava. Em duas semanas houve sete dias não. Num dia sim, corria tudo bem. De manhã a rotina da academia, depois à tarde, caderno e caneta na mão e a cabeça quieta, repleta, entupida de palavras, idéias, pensamentos, frases desconexas, palavras, convergências, regras gramaticais, linguagens, palavrões, Buarque de Hollanda, sexo, medicina, obras de arte, cadáveres, palavras, diálogos concisos, livros, emoções impossíveis de descrever, mais palavras, lógica e os hemisférios pacíficos. Num dia não eu ficava bem louco, alucinava de impaciência, me trancava, chorava, morria, me matava, más palavras, vaticínios, ódio em silencio, vontade de não sei o quê, um descontrole total, sentindo um monte de coisa junto, tinha que me trancar numa jaula e os hemisferios em prontidão de armas. Eu procurava a todo custo ficar quieto. Mesmo bloqueado eu tentava escrever algo aqui, postar alguma coisa com lucidez e verdade, mas eu estava descontrolado e meu senso de clareza estava distorcido assim como todo o meu conjunto, toda a maquina, cabeça, membros, sexo e tronco. Então eu apaguei muita coisa nos últimos dias e não falo mais nisso. A verdade é que agora eu estou bem, por conta de umas brisas, uns passeios pela avenida depois da chuva e uma foto que bateu aqui, eu melhorei, simples assim e eu acho isso um barato, porque pensei, não é que aquele danado tá certo? Que ele sabe disso mesmo? Hoje é um dia sim e amanhã também será.