segunda-feira, 4 de maio de 2009

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Pois é meus queridos dois leitores, eis me aqui de volta depois de uma longa temporada viajando por dentro de mim mesmo. Dando um tempo, dando um jeito, desprezando certos padrões de comportamento que agradam aos outros, vivendo por conseguir aprender e a mudar o que se precisa. Eu e meus amantes psicóticos. Patologicamente perturbados, emocionalmente instáveis e autodestrutivos, ainda assim com um tesão louco agressivo, uma paixão insana, uma ânima claríssima como o gelo e sem medo algum de se jogar comigo nesse abismo que escolhi me atirar. Diz-se que os loucos, os desequilibrados são os melhores amantes na cama. Somos todos salvavidas uns dos outros, podemos escolher entre satisfazer os desejos e acalmar a alma ou ficar parado querendo algo que não existe para nós. Não adiantam, análises, processos, amantes ingênuos, buscas tolas, centros espíritas, macumbeiros, terapias alternativas, yoga, academia, mudar de academia, mudar o cabelo, viajar, perder a barriga, mudar o cardápio, correr na praia, fugir, pegação, ciganas, astrólogos, bruxaria, vudu, forças do mal o que seja, não adianta nada, quando não se consegue fugir de si mesmo. Sempre tenho esse sonho: estou caindo. Uma queda rápida, assustadora e vertiginosa, a única sensação que tenho é esse medo do impacto no chão a qualquer instante, sem saída. Devorado por esse medo eu penso, foda-se, e então no exato instante acordo assustado num tranco, parecendo que caio na cama. A sensação é bem real. E é a mesma que sinto agora. Só não sei se vai ser bom quando eu acordar. Mas quer saber? Foda-se.

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